domingo, 26 de fevereiro de 2012

A Dança e a Espiritualidade


A dança é, assim como todas as manifestações artísticas, algo que parte do espírito, isto é, do íntimo de seu ser. 

Pode-se ensinar alguém a dançar, mas jamais poderá ser dado o dom da dança a qualquer que aprenda alguns passos. 

O que há de mais interessante em tudo isso é o aspecto místico que existe nesta arte tão bonita que transcende as culturas e gerações. 

É muito comum sentir-se leve ao dançar, assim como entusiasmo e alegria. Algumas pessoas podem ter dificuldades ao ensaiar e ainda assim, se superam no momento do espetáculo. 

Diante desta e de outras evidências, qualquer pessoa que se dedique ao estudo da espiritualidade, chegará à conclusão de que a dança é a capacidade de fundir os seres de dois mundos em um só lugar. 

Enquanto os movimentos corporais transmitem vibrações físicas, estas são acompanhadas das vibrações espirituais dos bailarinos do astral. 

O mundo dos espíritos também é repleto de arte; inclusive a dança. À dança de boa qualidade, podemos atribuir tal inspiração, ao plano superior. O contrário disto também ocorre nas danças de péssimo gosto. Estas também tiveram a influência de espíritos, porém, do astral inferior. 

Por isso que precisamos nos entregar às boas vibrações do universo, a fim de permitir que nosso espírito nos leve de encontro às danças que nos fazem vibrar sentimentos de alegria e contentamento. 

Muitas vezes, o efeito de um passe espiritual não se compara a reenergização que passa uma dançarina. 

Logicamente, respeitando a individualidade de cada ser, para alguns, a dança é o melhor remédio. 

A cada dia que passa, mais pessoas adentram aos consultórios, em busca de uma terapia para combater a depressão. Obviamente, deve-se respeitar cada caso. Mas a grande dificuldade deste nosso início de década é encontrar a autoestima para buscar sua alegria de viver. Considerando as devidas proporções, algumas horas de dança, em certos casos, equivalem a uma longa terapia. 

Não é só um conjunto de movimentos, a dança une corpo, mente e espírito, fazendo com que a pessoa se entregue por inteiro à tarefa em curso. 

As forças que se movem, fazem desta arte uma verdadeira magia. Algo muito comum é encontrar dançarinos que aparentam possuir idade muito menor do que de fato. Isso ocorre devido à magia da dança possuir um grande potencial reciclador de energias. 

O artista transmite suas vibrações e a platéia às devolve potencializadas. 

Assim sendo, recomendo a todos aqueles que desejam reencontrar a alegria de viver, que aceitam um convite para a dança e permitam-se contagiar nesta magia; a dádiva de se entregar por inteiro à felicidade. 



segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

Fondu, Fondue

Fondu, Fondue - Descida, derretido. Um termo utilizado para descrever a baixa do nível do corpo através da dobradura dos joelhos da perna de base. Saint- Léon escreveu "Fondu é em uma perna enquanto plié é em duas". Em alguns instantes o termo fondu também é utilizado para descrever a finalização de um passo quando a perna que está trabalhando vai ao chão em um movimento suave.

sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

Fim de Férias.....

Voltamos!!!! O início das aulas será no dia 16 de Janeiro, com os horários normais...
Informações:(21) 24653494

domingo, 11 de dezembro de 2011

XIII Espetáculo da In' Cena Cia de Dança

"O Quebra Nozes"


  • Local: Teatro Lemos Cunha
  • Dias: 17 e 18 de Dezembro
  • Hora : 19:00
  • Informações:24653494

Compareçam!!!

domingo, 27 de novembro de 2011

A História do Bolshoi

                                                                                                                                                                                          O Teatro Bolshoi (em russo Большой театр - O Grande Teatro) é um edifício histórico da cidade de Moscou (Moscovo), capital da Federação Russa. Foi desenhado pelo arquiteto Joseph Bové  para abrigar espetáculos de ópera e ballet. É sede da  Academia Estatal de Coreografia de Moscou, também conhecida como Academia de Ballet BolshoiCompanhia de Ballet Bolshoi ou simplesmente Ballet Bolshoi, sendo uma das mais antigas e prestigiosas companhias de dança do mundo.
O prédio principal do teatro, reconstruído e renovado diversas vezes em sua história, é um importante ponto turístico moscovita e de toda a Rússia . O edifício do teatro foi inaugurado em 1825 no centro de Moscovo, próximo ao Kremlin.
A companhia foi fundada em 1776 pelo príncipe  Peter Urussov e Michael Maddox . Depois de três anos a apresentar-se num recinto privado, o Teatro Petrovsky adquiriu-o. Em 1805, um incêndio destruiu o edifício, que foi posteriormente reconstruído.
O arquiteto criador do teatro, o russo  Joseph Bové, também foi o grande reconstrutor de Moscovo depois do Incêndio de Moscovo em 1812. O edifício que hoje se pode ver foi construído em 1825 sobre os restos do Teatro Petrovsky. O teatro foi inaugurado em 18 de janeiro de 1825 com a representação do ballet "Cinderella" do compositor catalão Fernando Sor.

História

 Durante o mês de março de 1776, o príncipe Piotr Uroussov recebeu a permissão da imperatriz Catarina II da Rússia para organizar representações teatrais, concertos e mascaradas. A trupe do Bolshoi foi fundada em 1776 por Pierre Uroussov e Michael Maddox, o seu associado britânico. Inicialmente, a companhia teatral apresentava-se em locais privados, mas em 1780 adquiriu o Teatro Petrovsky na rua Petrovka e começou a produzir peças teatrais e óperas. Desde a sua criação, o Teatro Bolshoi sedia sua companhia de ballet. O Bolshoi tem sido palco de numerosas estreias históricas, incluindo a de 4 de março de 1877 do famoso bailado O Lago dos Cisnes de Pyotr Ilyich Tchaikovsky, e de várias composições deSergei Rachmaninoff.

Entre julho de 2005 e outubro de 2011 o teatro esteve em profunda remodelação. No início das obras, os técnicos descobriram que a instabilidade do edifício era maior que o esperado, o que fez as obras prologarem-se por seis anos a um custo de cerca de 500 milhões de euros. A renovação incluiu a restauração da qualidade acústica original (que foi perdida depois de modificações levadas a cabo durante e época soviética), bem como a restauração da decoração que remonta à estética da Rússia Imperial.

Ballet Bolshoi  é a Companhia do Grande Teatro Acadêmico para Ópera e Ballet de Moscou. Sua origem se deu em 1773 quando um grupo de bailarinos, meninos e meninas carentes, e outros cidadãos servos, foi formado através de aulas realizadas em um orfanato de Moscou, porém a capital da URSS ainda era Leningrado. A partir de 1776 esse grupo passou a integrar a companhia do Teatro Petrovski, um local construído para abriga-los. Porém a construção da época era muito frágil e não resistente a incêndios, motivo pelo qual em 1805 o prédio foi destruído e de 1805 a 1825 o Teatro Arbat, o novo Teatro Imperial, foi local de apresentações desta companhia, até que em 1824 foi construído um novo prédio, no mesmo local do antigo teatro incendiado, e onde fica a sede atual do Teatro Bolshoi, tombada pela Organização das Nações Unidas, como Patrimônio Arquitetônico e Cultural da Humanidade. Em 18 de janeiro de 1825, com sua arquitetura Clássica e suntuosa foi inaugurado com o nome de “Grande Teatro Petrovski”. Com o movimento nacionalista do balé russo abandona-se a herança do balé francês com sua mitologias e começa a se valorizar a literatura e os costumes russos na criação de novas composições coreográficas. Este movimento não pôde impedir a influências de coreógrafos como Petipa.
Até a Revolução Russa de 1917, a companhia de dança do Teatro Marriinski, que após esta revolução passou a se denominar Ballet Kirov, era a mais importante no cenário da dança russa acadêmica, porém o Ballet Bolshoi habitualmente recebia as grandes estrelas da dança, reproduzindo ainda os balés do consagrado Petipa, desta forma ganhando maior notoriedade pública.

No início do século XX, dirigido por A. Gorski (1878 a 1924), o Bolshoi buscava se libertar da constante presença de Petipa em seus repertórios, desejava uma nova identidade. Com a capital do país saindo de Leningrado e vindo para Moscou a companhia começa a receber maior incentivo do governo, podendo investir em seus talentos e pagar por aqueles formados pela Escola do Ballet Kirov, que neste século passa ter o mérito de formadora técnica e estilo impecável, enquanto que o Bolshoi fica famoso pela projeção de grandes estrelas, dando vitalidade ao balé russo. Naturalmente esta diferença de trabalho gerou uma rivalidade entre as duas companhias, porém ambas possuem seus méritos. Muitos dos artistas do Bolshoi são formados na escola do Kirov.

Hoje o Bolshoi possui um grande naipe de profissionais, como: bailarinos, mímicos, cantores e músicos adultos e infantis. E anualmente produz em média de quatro espetáculos por mês, entre balés e óperas.
O Teatro Bolshoi possui uma única filial de sua escola de balé fora da Rússia. A filial situa-se na cidade de Joinville (Santa Catarina), no Brasil.





segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Bertha Rosanova - Nossa 1º Grande Bailarina

Bertha Rozenblat nasceu em 31 de agosto de 1930, no Rio de Janeiro, e recebeu de Eugenia Feodorova o nome artístico Bertha Rosanova.

Filha única de pais poloneses, aos oito anos de idade iniciou seus estudos de ballet na Escola de Danças do Theatro Municipal do Rio de Janeiro criada por Maria Olenewa, esta que foi uma de suas mestras.
“Em 1943, apenas com 13 anos ingressava no Corpo de Baile Oficial do Teatro Municipal do Rio de Janeiro através de uma seleção, e dois anos mais tarde, com quinze anos, era nomeada “Primeira Bailarina”. Neste teatro, trabalhou com diversos coreógrafos como Yuco Lindenberg, Igor Schwezoff, Madelene Rosay, Leonide Massine, Aurélio Millors, Willam Dólar, Tatiana Leskova e Eugenia Feodorova, entre outras figuras importantes do ballet nacional e internacional.
Primeira Bailarina Absoluta do Teatro Municipal do Rio de Janeiro, Bertha recebeu por três vezes a Medalha de Ouro das Associações dos Críticos Teatrais, como melhor bailarina brasileira, em 1948, 1951, e 1959. Sempre com enorme sucesso de crítica e público, Bertha excursionou por diversos países da América do Sul, França, África do Norte e Suíça.
Bailarina de inigualável dom artístico permanece como símbolo do ballet brasileiro, “A Magnífica”, sem dúvida nossa bailarina maior.
Seu vasto repertório incluiu todos os grandes clássicos e ballets especialmente criados para ela, destacando-se “o Lago dos Cisnes” em quatro atos, dançado completo pela primeira vez na América do Sul, sob direção de Eugenia Feodorova (quando recebeu o título de “Primeira Bailarina Absoluta do Brasil”).
Em 1983, Bertha Rosanova recebeu o prêmio Pedro Ernesto da Câmara de Vereadores do Rio de Janeiro, como gratidão a uma das mais eminentes expressões da dança aqui radicadas.”
Bertha dirigia e dava aulas na sua própria academia fundada em 1957, e periodicamente ensaiava as bailarinas do Theatro Municipal. Vítima de câncer nos brônquios e nos pulmões, estava enternada no mesmo dia em que foi homenageada em um grande espetáculo no Theatro Municipal, mas não chegou a ver a homenagem. A bailarina deixa marido, uma filha e dois netos, além de inumeras admiradoras e alunas de sua escola de ballet.
Uma grande perda, sem duvida, para o meio artistico brasileiro.


Bertha Rosanova
"O  Lago dos Cisnes
"







Bertha Rosanova e Aldo Lotufo –
La Bayadera,
 remontagem de Eugenia Feudorova



Bertha em seu Estúdio,
 bairro de  Laranjeiras -  RJ

terça-feira, 15 de novembro de 2011

Rond de Jambe


Literalmente, "movimento circular da perna". A perna que está trabalhando descreve um círculo tanto na terra (àterre) como o ar (en l'air).


 Rond de Jambe  à terre
Rond de jambe feito no chão. Um exercício da barra ou do centro onde uma perna descreve séries de movimentos circulares no chão. As duas pernas devem permanecer perfeitamente reta e todo o movimento deve vir do quadril. O dedo do pé que trabalha não sai do chão e não ultrapassa a quarta posição ouvert ou atrás. 

Aprenda passo a passo como se faz um Rond de Jambe à terre.
Segura com uma das mãos a barra de equilíbrio
 
Enquanto segura a barra levemente para apoio, estique seu pé para a frente, em um battement tendu.
Leve sua perna para o lado
Liderando com o pé, como se fosse um círculo leve perna para o lado, deslocando-se lentamente no chão.
Leve sua perna para trás
Continue circulando em torno de sua perna para trás, permitindo que seus dedos suavemente varra o chão. Mova sua perna e sem atritos.
Deslize o pé à posição inicial
Para completar o rond de jambe, deslize seu pé para frente para a posição inicial, mantendo contato com o chão. Lembre-se que um rond de jambe podem ser realizados no sentido inverso, com o pé apontando para a primeira volta, em seguida, circulando ao redor para a frente.

Rond de jambe en l'air

 Rond de jambe no ar. Ronds de jambe en l'air são feitos tanto na barra quanto no centro, e pode ser simples, duplo, en dehors ou en dedans. O dedo do pé que trabalha executa um movimento oval. A coxa deve se mexer o mínimo possivo e os quadris devem ser virado bem. A ponta do pé deve passar mais ou menos pela altura do joelho de base. O ápice do movimento é quando o pé fica em segunda posição en l'air.



O rond de jambe en l’air é um exercício que se caracteriza pelo movimento semicircular, descrito pela perna, no ar. Ele pode ser executado simples ou duplo, em dedans e em dehors. É importante  notar aqui, nesta altura do desenvolvimento dos exercícios na barra, a preparação dos diferentes músculos da perna, a elevação, a sustentação, e o alongamento necessário para o trabalho en l’air.
O rond de jambe en l’air pode ser desenvolvido na barra, em combinação com o battement fondu. Mantendo o alongamento do corpo numa só linha de eixo com a perna de sustentação, a outra perna é levada à la seconde, en l’air. O exercício é desenvolvido a 90 graus.
A perna à la seconde deve manter o encaixe do quadril aberto. À rotação de em dehors, sustentada pelo calcanhar, musculatura das pernas e tendão de Aquiles, completamente alongados – joelho e pé, bastante esticados, formando uma só linha de continuação da perna.
Desenvolvimento do rond de jambe en l’air en dehors
O exercício é executado en l’air a 90 graus, mantendo a coxa e o joelho, da perna à la seconde sustentados. Todo movimento é desenvolvido pela perna e pelo pé, abaixo do joelho (a coxa deve permanecer imóvel, quadril para baixo, encaixado e aberto).
O pé vem rapidamente marcando uma trajetória reta, até a altura  do joelho da perna de base, tocando-a suavemente, continuando o movimento de forma a descrever um semi-círculo, pela frente até voltar à la seconde.
A dinâmica é rápida e lenta. Ao abrir o semi-círculo, o movimento é feito lentamente como se o colo do pé empurrasse o ar, amortecendo o impulso empregado no início.
Desenvolvimento do rond de jambe en l’air en dedans
O exercício é executado en l’air, a 90 graus, mantendo a coxa e o joelho da perna à la seconde sustentados. Todo movimento é desenvolvido pela perna e pelo pé, abaixo do joelho (a coxa deve permanecer imóvel, o quadril para baixo, encaixado e aberto).
O pé vem rapidamente, descrevendo um semi-círculo pela frente até a altura do joelho da perna de base, tocando-a suavemente, continuando o movimento numa trajetória reta e lenta até à la seconde.
O movimento é aberto à la seconde, lentamente, empurrando o ar pelo colo do pé, sem solavancos. A dinâmica é rápida e lenta.
Observações
A finalização do rond de jambe en l’air é sempre marcada por uma breve sustentação à la seconde antes de iniciar-se novamente.
No Double rond de jambe en l’air, a dupla rotação do semi-círculo è descrita na altura do joelho, abrindo-se em seguida à la seconde. O exercício de rond de jambe en l’air simples è desenvolvido decomposto a partir do III grau. A perna à la seconde en l’air deve estar a uma altura de 45 graus ou 60 graus.
Função do Rond de Jambe en l’air
Este é um exercício obrigatório para preparação de movimentos rápidos em passos batidos. O exercício de rond de jambe en l’air não é importante somente por ajudar o bailarino a fortalecer a sustentação, elevação e imobilidade da coxa, numa posição aberta e encaixada, mantendo o quadril em plano uniforme e parte superior do corpo alongada, mas principalmente por propiciar o desenvolvimento do movimento de rotação semi-circular feito pela perna e pelo pé, abaixo do joelho, sem alteração destes outros requisitos.