segunda-feira, 14 de maio de 2012

Dança de Salão




dança de salão é um conjunto de danças feitas entre o casal, que podem ser realizadas social ou competitivamente. A dança de salão é uma dança social que pode funcionar como recreação e ser apreciada para quem dança e para quem vê.
dança de salão era chamada de danças sociais, surgiu por volta do século XIV e era dançada exclusivamente pela nobreza.
Por meio da colonização e com o passar do tempo as danças sociais popularizaram-se, desdobraram-se e deram origem a vários estilos rítmicos de dança que se misturava com as formas locais populares desencadeando no que conhecemos atualmente como dança de salão. O tango na Argentina. O samba no Brasil. A salsa, o bolero e a rumba em Cuba. O swing nos EUA. E por aí vai… São ritmos e estilos de dança que a compõe.
dança de salão  possui muitos benefícios para a terceira idade. O New England Journal of Medicine, por exemplo, há alguns anos atrás, publicou uma pesquisa que constatou que a dança pode contribuir para reduzir o risco da doença Alzheimer e outras formas de demência em idosos. Ainda que tenha benefícios significativos para a terceira idade, a dança de salão também pode e deve ser praticada por qualquer faixa etária.  É uma atividade plural e pode agregar todas as idades!
dança de salão  é uma atividade de aprendizado, exercício e diversão que pode contribuir para a redução do estresse, aumento de energia, melhoria da força, aumento do tônus muscular e da coordenação motora. Esses são algumas vantagens  dessa prática. Além disso, permite que as pessoas que dançam a utilize como atividade social e recreativa. Por isso, é um tipo de exercício excepcional que melhora a qualidade de vida de quem a realiza!
A pessoa se exercita, aprende uma coisa nova e fica pronto para dançar  em qualquer lugar! Fora a sensualidade e postura que a prática de dançar traz para o corpo. Um exercício completo! Fala que não é chato quando você chega a algum lugar e não sabe dançar nada? Ou então quando você sabe dançar, mas a outra pessoa que você está não dança nada? Que tal realizar algumas mudanças na sua vida? Vida saudável, queimar calorias, aprendar algo novo e se divertir!
Samba, chá-chá-chá, salsa, rumba, valsa, bolero, tango… Que tal bailar? Coloque ritmo na sua vida!


domingo, 29 de abril de 2012

Dia Internacional da Dança
















Dia Internacional da Dança ou Dia Mundial da Dança comemorado no dia 29 de abril, foi instituído pelo CID (Comitê Internacional da Dança) da UNESCO (Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura) no ano de 1982.
Ainda é uma efeméride nova e até mesmo desconhecida para muita gente, pois começou a ser realmente lembrada no Brasil nestes últimos anos. Cada vez mais, no entanto, artistas e profissionais da área reconhecem que é importante celebrar a data para, inclusive, dar maior visibilidade à dança, lembrar-se de sua importância e de suas demandas.
Ao criar o Dia Internacional da Dança a  UNESCO  escolheu o  29 de abril por ser a data de nascimento do mestre francês Jean-Georges Noverre (1727-1810). Ele ultrapassou os princípios gerais que norteavam a dança do seu tempo para enfrentar problemas relativos à execução da obra. Sua proposta era atribuir expressividade a dança por meio da pantomima, a simplificação na execução dos passos e a sutileza nos movimentos. Noverre se destaca na história por ter escrito um conjunto de cartas sobre o balé de sua época, “Letters sur la Danse”.
Por coincidência, entre os brasileiros a data também pode estar associada ao aniversário de uma personalidade de indiscutível importância: Marika Gidali, a bailarina que, com Décio Otero, fundou o Ballet Stagium em 1971 em São Paulo, para inaugurar no Brasil uma nova maneira de se fazer e apreciar dança.
O Dia Internacional da Dança é importante como mais um espaço de mobilização em torno deste assunto. Alguns dos objetivos desta comemoração é aumentar a atenção pela importância da dança entre o público geral, assim como incentivar governos de todo o mundo para fornecerem melhores políticas públicas voltadas à dança.
Enquanto a dança tem sido uma parte integral da cultura humana através de sua história, não é prioridade oficial no mundo. Em particular, o professor Alkis Raftis, então presidente do Conselho Internacional de Dança, disse em seu discurso em 2003 que "em mais da metade dos 200 países no mundo, a dança não aparece em textos legais (para melhor ou para pior). Não há fundos no orçamento do Estado alocados para o apoio a este tipo de arte. Não há educação da dança, seja privada ou pública".

domingo, 22 de abril de 2012

Adágio

Aula na Escola Vaganova
Adágio é uma palavra francesa derivada 
do Italiano ad agio, usado para indicar 
um movimento lento.
A escola inglesa usa "adage".
Na dança acontece em alguns momentos: 
(1) Peça com andamento menos lento, 
entretanto, que o largo. Os principais passos
de adágio são: développés, grand fouetté en tournant,
dégagés, grand rond de jambe, rond de jambe en l'air,
coupés, battements tendus, attitudes, 
arabesques,preparação para pirouettes
e vários tipos de pirouettes. 
Movimentos lentos de dança onde se trabalha força,
equilíbrio, sentido de localização, linhas de 
sustentação e equilíbrio dos bailarinos.
(2) O começo da aula de dança clássica
se dá com adágios par ir se aquecendo 
lentamente a musculatura até se atingir o
ápice do trabalho da aula com movimentos
mais rápidos e mudando as seqüências que 
vão sendo cada vez mais dificultadas. Nas aulas 
de dança moderna e contemporânea o adágio 
também é usado da mesma forma sendo que
 no início trabalha-se também com exercícios 
de espreguiçamento, alongamento e relaxamento.
(3) Movimento introdutório ao pas de deux tradicional. 
(4) Também refere-se aos movimentos introdutórios 
dos teatros de revista e circo.

domingo, 8 de abril de 2012

A Mestra Eugenia Feodorova

Apresentação

Eugenia Feodorova nasceu em Kiev, capital da Ucrânia, então uma das repúblicas da URSS, em 17 de outubro de 1923. Genia, como era chamada por seus amigos e familiares, sempre foi muito dedicada. Quando criança, era a mais levada das três irmãs. Aluna aplicada, sempre tirava boas notas e sempre se dedicara muito ao balé, que era sua maior paixão. Formada pela Escola Coreográfica Estatal de Kiev, teve sua promissora carreira interrompida pela Segunda Guerra Mundial. Veio para o Brasil em 1954, onde realizou trabalhos como mestra coreógrafa. Feodorova tinha uma vitalidade física impressionante. Quando pequena, durante o rígido inverno ucraniano com temperaturas que chegavam a menos 20 graus, saia de casa para ensaiar, mesmo com escolas fechadas e com o governo recomendando que todos ficassem em casa para não se expor as fortes nevascas que assolavam a cidade. Com o transporte público inoperante, Feodorova caminhava até a Escola Coreográfica Estatal de Kiev para ensaiar, sozinha e sem professora, e voltava da mesma maneira, a pé. No dia seguinte, ela acordava antes de todos de sua casa, sempre bem disposta e ansiosa pelas aulas de balé. Nunca ficava doente, e as únicas coisas que a impediram, de modo temporário, de exercer sua profissão, seja como bailarina ou coreógrafa, foram a Segunda Guerra Mundial em 1941, e uma artrose já no ano 2000, cujo qual ela sofreu operação e logo se recuperou. Feodorova fez também um curso de aperfeiçoamento no Kirov de Leningrado. Retornou a Kiev, começando a vida profissional como solista do Teatro Estatal. Seu inicio de carreira promissor, foi interrompido em 1941, quando Hitler e Stalin romperam o pacto germano-soviético que, até então, preservava a URSS do horror da Segunda Guerra Mundial, começada em 1939. Eugenia Feodorova, como vários de seus compatriotas, perdeu amigos, família e foi obrigada a trabalhar em campos de concentração, até abril de 1945, quando os nazistas debandaram diante do avanço do exército soviético. Sem saber que Kátia, uma de suas irmãs, havia sobrevivido junto com seu marido e seus filhos, refugiados da guerra, Feoderova sentia-se sozinha no mundo. Devido a todo terror que passou, e por acreditar que não havia mais ninguém da família lá, decidiu não voltar a URSS. Recomeçou a carreira com a Companhia Orlikovsky, sediada em Munique, na qual havia outros russos expatriados como ela. Tornou-se a primeira bailarina da companhia. Depois foi para a Bélgica, onde se tornou primeira bailarina da Ópera de Liége e professora da academia de Madame Alexeieva em Bruxelas. Depois, Itália, com o Ballet do Scala Milão, onde, além de primeira bailarina, trabalhou também como mestra coreógrafa da companhia, em turnê pela Espanha. Lecionou em Madri, na academia de Madame Taft entre 1952 e 1953 dançou e deu aulas em Paris. Durante sua jornada encontrou muitos compatriotas com os quais ela dividia histórias de muita luta e tristeza, histórias de pessoas, que assim como ela, foram sobreviventes da grande guerra.

Feodorova e o Brasil

Eugenia Feodorova chegou ao Brasil no dia 24 de agosto de 1954, a convite de Dalal Achcar para ser mestra coreógrafa da companhia Ballet do Rio de Janeiro. A primeira impressão não foi das melhores. O país inteiro estava de luto pela morte de Getúlio Vargas, e Eugenia, que já não tinha certeza sobre a mudança, se viu ainda mais confusa e incerta sobre seu futuro. Tudo que ela sabia sobre o Brasil havia sido contado por Laura Proença, no estúdio de Olga Preobrajenska, em Paris. Laura havia exaltado o país dizendo maravilhas sobre o Brasil e seu povo, aliás, foi nesse mesmo estúdio que Feoderova conheceu Dalal Achcar. Na manhã seguinte, primeiro dia de sol e Feodorova percebe porque o Rio de Janeiro tinha o título de cidade maravilhosa. Admirada com a visão que tinha da janela de seu apartamento em Copacabana, Eugenia Feoderova recuperou suas energias e começou a trabalhar. Desse dia em diante, seu endereço certo era na academia de Dalal, localizada em um casarão na Rua Saint-Romain, em Copacabana. Eugenia Feodorova diz: Desde o início a musicalidade do povo brasileiro me encantou. E, nesse aspecto, era como voltar à Rússia onde nasci e me formei, ou estar de novo na Espanha onde vivi e trabalhei, durante algum tempo, depois guerra. Brasileiros, russos, espanhóis têm a música e a dança no sangue. E, aqui no Brasil, havia também o calor humano, uma mistura de simpatia, gentileza, simplicidade, vontade de ajudar. Isso cativa o estrangeiro. Mas eu me surpreendi negativamente ao verificar qual era a situação dos bailarinos brasileiros: mal pagos, quase sem oportunidade de aparecer no palco, precisa trabalhar em shows de casas noturnas para se sustentar. A profissão nem era legalmente reconhecida. Essas pessoas mereciam apoio e respeito por sua abnegação, dando toda sua vida por um ideal de arte.

Quebra Nozes Completo

As aulas de Feodorova eram severas e fortes, requeriam muita dedicação de seus alunos, e davam aos mesmos uma base técnica sólida. Genia sabia como brigar e corrigir quando necessário, mas também sabia estimular os alunos a buscarem o melhor, suas broncas e incentivos eram distribuídos na justa medida. Outra coisa interessante é que, em suas aulas, Eugenia Feodorova não ensinava apenas os passos e a correta postura do balé, ela ensinava também todo o movimento cultural que o balé representava. De onde surgira, como surgira e o significado de cada passo ou movimento, uma verdadeira aula da cultura do balé. Em sua passagem pelo Brasil Eugenia Feodorova contribuiu muito para o desenvolvimento do balé no País. Em dezembro de 1956, a Companhia Ballet do Rio de Janeiro realizou sob comando de Eugenia Feodorova, o espetáculo Quebra Nozes completo, pela primeira vez no Brasil. Com exibição no Teatro João Caetano. O espetáculo teve curta temporada, porém com lotação esgotada em todos os dias e rendeu calorosos elogios da crítica à Eugenia Feodorova. Esse foi o sucesso inaugural da jovem companhia, e primeiro e único trabalho apresentado por Eugenia Feodorova como mestra coreógrafa da Companhia Ballet do Rio de Janeiro. Logo após o término da temporada do espetáculo Quebra Nozes Feoderova foi contratada como mestra coreógrafa pelo Theatro Municipal, e inaugurando também sua própria academia no Leblon.
O Primeiro "Lago dos Cisnes" completo de toda a América.
“Ballet requer muito esforço físico. Assemelha-se ao trabalho de um estivador, só que enobrecido pelo sentido artístico.”
Eugenia Feodorova
Logo após assumir o Theatro Municipal do Rio de Janeiro, para desempenhar o trabalho de mestra coreógrafa em 1958, notou-se que o nível dos bailarinos e da companhia deu um grande salto. Em seu trabalho, Feodorova dava igual atenção aos solistas e ao conjunto, demonstrando respeito á todos e incentivando sempre o grupo a dar tudo de si para alcançar a perfeição. Feodorova estava preparando seus alunos do Theatro Municipal do Rio de Janeiro para um feito histórico, a apresentação do primeiro Lago dos Cisnes completo já visto em toda a América. Contando com o fatalismo de Tchaikovsky para demonstrar a luta entre o bem e o mal, a versão de Feodorova teve estréia em novembro de 1959, ano em que o municipal celebrou seu cinqüentenário. Outro grande feito de Feodorova e a companhia do Theatro Municipal foi a execução de O Galo de Ouro entre 1906 e 1907. 

O descobrimento do Brasil e a Fundação Brasileira de Ballet.
Em dezembro de 1961 houve a estréia de O descobrimento do Brasil, com música de Villa Lobos. A peça retrata a história do descobrimento de nosso país. Com começo em Portugal, com a partida das embarcações, ilustrando a viagem dos portugueses e a chegada ao Brasil. Um romance que demonstra a tristeza na despedida dos portugueses à suas casas, a saudade, o medo, a incerteza e a irritação durante a longa viagem e, por fim, a felicidade e lisongeamento ao chegar ao Brasil.
Feodorova transferiu a sua academia do Leblon para Copacabana: uma espaçosa cobertura na Rua Santa Clara, de onde se avistava o Corcovado. Ali estabeleceu a sede da Fundação Brasileira de Ballet, entidade oficial, votada pela câmara, embora não recebesse apoio financeiro. A fundação juntava alunos e profissionais das turmas adiantadas que se apresentavam em diversos teatros cariocas e em turnês por várias cidades do país. O golpe militar de 1964 impediu que Feodorova criasse uma grande companhia nacional de dança, vinculada ao Ministério da Educação.

Prêmios, homenagens, títulos e conquistas
•Medalha de Ouro da Associação de Críticos Teatrais (1958);
•Prêmio TV Tupi de Melhor Coreógrafa (1959);
•Troféu Nijinsky (1960);
•Prêmio de Melhor Coreógrafa do Estado da Guanabara concedido pela Secretaria de Educação e Cultura (1961);
•Convidada por Harold Hecht para ser coreógrafa do filme hollywoodiano Tara Bulba, que tinha como atores principais Yul Brynner e Tony Curtis, dirigido pó J.Lee Thompson e realizado pela United Artists (1961);
•Convidada para dirigir a temporada de balé da Ópera de Berlim, estrelada por Mais Plissetskaia (1974);
•Placa de Agradecimento de Ribeirão Preto (1975);
•Diploma de Honra da Universidade de Sergipe (1977);
•Medalha dos 70 anos do Theatro Municipal do Rio de Janeiro (1979);
•Placa de Homenagem da Academia Maranhense de Ballet (1979);
•Título de Carioca Honorária conferido pelo jornal O Globo (1981);
•Título de Cidadã Honorária concedido pela Câmara Municipal do Rio de Janeiro (1989);
•Essas mulheres maravilhosas – Homenagem da TV Bandeirantes (1984);
•Medalha de Mérito Artístico da Dança do CBDD – Conselho Brasileiro de Dança, associado ao Conseil Internacional de La Danse da UNESCO (1986);
•Eleita vice-presidente do Conselho Brasileiro de Dança. Filiado ao Conseil International de La Danse da UNESCO, sediado em Paris (1980);

domingo, 1 de abril de 2012

Aniversário da In´Cena cia de Dança
















O  aniversário  da In´Cena é dia 05 de abril, mas iremos comemorar nos dias 02 e 03 de abril, na própria escola, a partir das 18:00hs, então quem faltou e não consegui avisar, e quem ainda esta de férias, hehehehe, apareçam lá pra comer um bolinho com a gente...
Amo todos !!!!
Christina Motta



domingo, 25 de março de 2012

Método Bournonville Ballet

Método Bournonville  Ballet

Muitos bailarinos são treinados cada um em método específico de ballet. Estes métodos de treinamentos têm uma grande história por trás de tudo. Estes métodos foram preservados através de obras coreográficas e escolas de formação. Métodos de treinamentos de bailarinos constroem uma certa técnica de ballet. Um “método” de ballet não deve ser confundido com um “estilo” de ballet.
Um método reflete no currículo de formação técnica e considerando que o “estilo” reflete uma tendência da época, conceitos e imagens. As escolas mais antigas e famosas do balé defendem alguns métodos religiosamente estudados pelos bailarinos, e refletindo suas sutilezas e técnicas divergentes. A companhia de dança invoca o método escolhido para assegurar que todos os bailarinos tenham a mesma formação (assim as obras coreográficas ficarão limpas e precisas).
La Sylphide
La Sylphide

Método Bournonville Ballet
O método Bournonville de dançar ballet não é apenas um método de treinamento e técnica, mas uma escola coreográfica desenvolvida por August Bournonville (1805 – 1879). August foi o coreógrafo do Ballet Real da Dinamarca, uma companhia de ballet que continua a usar suas coreografias e métodos de ensino até hoje. Este método concentra-se especificamente sobre o estilo romântico desde que nasceu na era romântica do ballet. August Bournonville não só preferiu um tom mais romântico para sua coreografia, como preferiu contar histórias de amor em suas criações. Bournonville sabia muito sobre teatro musical, então ele incorporou uma rica variedade de expressão em suas obras.
Bournonville disse que “a dança deveria ser uma expressão de alegria”. Este método apresenta o movimento aparentemente fácil, mas é muito difícil tecnicamente. No método Bournonville a bailarina transpira fluidez, uniformidade e musicalidade. A técnica é requintada, com detalhes delicados. Não é só expressiva e romântica, mas toca o coração com a pantomima dramática.
A técnica Bournonville começa na forma e na maciez dos braços. Este método tem distintivo e específico enquadramento do tronco levantado. As pernas devem definir o ritmo musical, enquanto os braços definem a melodia, esta combinação exala musicalidade. A técnica Bournonville também depende muito dos epaulements, e muitos movimentos começam e terminam na quinta posição. No método Bournonville piruetas são executadas com um baixo developé. Muitas poses são reconhecíveis como Bournonville, incluindo tendu derriére ter um braço na quinta posição e o outro para baixo ao lado (com um toque de épaulement é claro).
Os ballets Bournonville mostram papéis tecnicamente desafiadores, mas normalmente na reversão do que estamos acostumados o método Bournonville estabelece a importância do personagem masculino enquanto que outros métodos são mais centrados no feminino. Este método de ballet é um estilo tão honesto e revelador que os movimentos usados são puros e precisos. A coreografia faz uma harmonia ao contar uma história. Alguns dos balésBournonville foram La SylphideNapoli e Flower Festival in Genzano

domingo, 18 de março de 2012

A importância de Diaghilev para a Dança

Ballets Russes ou Balé russo foi uma companhia de ballet emigrada da Rússia, com sede em Paris, cuja atividade manteve-se de 1909 a 1929.Esta grande companhia influenciou todas as formas do balé contemporâneo, e seus vinte anos de existência mereceram, certamente, entrar para a história da dança com o nome de Época de Diaghilev.
A denominação Época de Diaghilev define o período compreendido entre 1909 e 1929 quando o russo Serguei Diaghilev (1872-1929) fundou e esteve à frente de uma das maiores companhias de balé do mundo. Segundo Serge Lifar, último discípulo de Diaghilev, “Os Ballets Russos foram, durante vinte anos, o centro receptor e emissor da vida do balé no mundo inteiro.”
Ballets Russes começou em 1909 como um teatro de verão do Ballet e ópera russos para se transformar em uma companhia de balé permanente em 1911Serguei Diaghilev, apesar de nunca ter sido bailarino profissional, conseguiu convencer os melhores coreógrafosdançarinos e designers da sua época. Ele contratou, entre outros, o compositor russo Igor Stravinsky, o artista espanhol Pablo Picasso, o artista francês Henri Matisse e o poeta e cineasta francês Jean Cocteau. Entre os dançarinos, contou com Anna PavlovaTamara KarsavinaGeorge Balanchine eVaslav Nijinski.
Assim, com colaboradores que compunham o melhor da época em suas respectivas atividades, a companhia Ballets Russes redefiniu a noção de balé durante seus 20 anos de atividade.
A sua trajetória pelo cenário mundial está dividida em três etapas: a) Nacional-russa (1909-1912) – desenvolvendo o balé clássico; b) Pan-européia (1912-1921) – voltado para pesquisas modernas; c) Moderno-internacional (1921-1929) – seguindo novamente as diretrizes do balé clássico, sob a orientação de Serguei Diaghilev.
Na etapa Nacional-russa, Diaghilev revelou ao mundo a arte genuinamente russa e seus grandes intérpretes e quis também, fazer do balé uma pintura em movimento. O coreógrafo da Companhia era Michel Fokine, bailarino de talento que entregou-se de corpo e alma a nova tendência: subordinar a dança a pintura, fazendo com que a criação dos passos e da própria coreografia fossem inspirados pelas imagens dos trajes e cenários. Nesta etapa, os pintores não se contentavam em criar uma fantasia para os olhos, tomavam parte ativa na realização do espetáculo. Na etapa Pan-européia, Diaghilev lançou-se à árdua tarefa de transformar o balé russo num balé europeu. Nesta etapa, já não havia preponderância russa nos balés, o cenário transformou-se para acolher igualmente os balés franceses, espanhóis, italianos, russos, etc. O coreógrafo era Massine e a música passou a reinar em absoluto, sob a regência de Strawinsky. Massine fazia a sincronização entre música e coreografia, adaptando a técnica dançante em todas as suas minúcias à da sinfonia musical. A etapa Moderno-internacional, caracterizou-se por ser o período das pesquisas artísticas, de tendência modernista universal. Os coreógrafos foram: Bronislava Nijinska, George Balanchine, de novo Massine e, por fim, Serge Lifar. Quando Serge Lifar converteu-se em coreógrafo, Diaghilev sonhava com novas terras para os Ballets Russes. Porém morreu um ano depois. Os Ballets Russes desapareceram com ele, deixando ao mundo da dança uma rica herança, porém desigual, e problemas que uma só geração não bastaria para resolver.
Quando a companhia de Diaghilev desfez-se com sua morte, em agosto de 1930, os Ballets Russes se dispersaram. Seus bailarinos e coreógrafos ingressaram em companhias de todas as partes do mundo ou criaram as suas próprias companhias e, para onde quer que migrassem, marcavam sua passagem com influência decisiva na história da dança.
Durante o tempo em que a companhia de Diaghilev atuou, grandes coreógrafos marcaram suas presenças em pesquisas e descobertas, em busca “não apenas de passos novos, mas de um novo espírito” , traçando assim novos caminhos no mundo da dança, a exemplo de: Michel FokineVaslav NijinskyLéonide MassineBronislava NijinskaGeorge Balanchine e Serge Lifar, responsáveis pela formação dos futuros coreógrafos e bailarinos.
Um dos responsáveis pela disseminação dos estudos e pesquisas dos Balés Russos foi René Blum, diretor artístico do teatro de Monte-Carlo, que assumiu a direção de um grupo de bailarinos remanescente de Diaghilev. Ao mesmo tempo, o Coronel de Basil forma em Paris companhia rival. Em 1932, os dois grupos se unem e criam os Ballets Russes de Monte Carlo. Aos membros do balé de Diaghilev juntaram-se alguns elementos novos, como Tamara Toumanova, Irina Baronova e Tatiana Riabochinska. Em 1933 a companhia fez uma tounée triunfal pelos EUA, mas em 1935 cindiu-se. Com o nome de Ballets Russes du Colonel de Basil, um dos ramos partiu para a Austrália e, depois, para as Américas, do Norte e do Sul, onde se deixou ficar durante a guerra, assumindo sucessivamente os nomes de Educational Ballet e Original Ballet Russe. Em 1947 fez uma temporada de despedida no Palais de Chaillot, em Paris. O ramo que ficara em Monte Carlo permaneceu sob a direção de René Blum até a invasão alemã (1940). Com os remanescentes da companhia, Marcel Sablon constituiu, ainda na ocupação, os Nouveaux Ballets de Monte-Carlo, absorvidos (1944) pela Ballet International, do Marquês de Cuevas, companhia particular sediada em New York. Surgiu, assim, o International Ballet of the Marquis of Cuevas, que fez inúmeras tournées internacionais e contribuiu para o repertório do gênero com várias obras.
Os Ballets Russes também exerceram grande influência na Alemanha, que antes não tinham tradições coreográficas, incentivando a criação de “studios” de dança, com Rudolf Von Laban, Mary Wigman, Kurt Joos, entre outros.
É importante frisar a particular influência dos Ballets Russes na França e nos Estados Unidos. Na França, com a renovação e enriquecimento do balé francês, que se achava em decadência e do ingresso de Serge Lifar na “Grand Opéra” e nos Estados Unidos, com a criação da School of American Ballet Theatre e do New York City Ballet, ambos por Balanchine. Outros mestres russos, radicados em Paris, tiveram também importante papel: Preobrajenska, Kchessinska, Egorova, Trefilova, Legat e Novikolf . Uma das estrelas do Coronel de Basil, no setor da dança moderna, foi Nina Verchinina, que em fins da década de 1970 lecionava no Brasil.
 

 

domingo, 11 de março de 2012

Grandes Coreógrafos - Marius Petipa

Assim como a cidade de São Petesburgo , o ballet russo foi intensamente influenciado por estrangeiros. 
Em sessenta anos de trabalho na São Petersburgo imperial do século XIX, o bailarino e coreógrafo francês Petipa tornou-se uma figura legendária do balé clássico russo.
Marius Petipa nasceu em Marselha em 11 de março de 1819. Seu pai, professor de grande reputação em Bruxelas, ministrou aos filhos Marius e Lucien as primeiras lições de dança. Já reconhecido na França, Bélgica, Espanha e Estados Unidos, Petipa apresentou-se pela primeira vez no Teatro Mariinski de São Petersburgo em 1847, após o diretor do Teatro Maryinsky oferecer a posição de primeiro bailarino e um salário de 10,000 francos por ano. Onze anos depois estreou ali seu primeiro balé original," Un marriage sous la régence" (Um casamento sob a regência). O sucesso viria em 1862, com "La Fille du pharaon" (A filha do faraó).
Ele permaneceu ali pelo resto da vida. Trabalhou sob supervisão de Jules Perrot por 15 anos. Petipa revestiu a arte que havia estagnado nas demonstrações virtuosas da técnica clássica apresentada sem um conteúdo dramático. Sob sua direção artística, a Rússia se transformou no país-líder do ballet. Ele mesmo coreografou aproximadamente 60 peças e construiu o repertório da compania Russa.
Como coreógrafo, Petipa deu muito de sua atenção às passagens de solistas, marcando cada passo para suavizar as capacidades de seus bailarnos e conscientemente esculpindo os bailarinos à forma estrutural da música. Trabalhando com colaboradores de primeira classe como Tchaikovsky, Petipa foi mais que capaz de coreografar obras-primas que são executadas até hoje. Ele acreditava em dançar por amor à essa arte.
Como instrutor da Escola Imperial, Petipa aumentou os estandartes para a técnica da dança e coreografias na Rússia à novas alturas. Ele atingiu o grau de coreógrafo em 1890. Sua produção de "A Bela Adormecida" foi um sucesso estrondoso, seguido de grandes trabalhos como "Dom Quixote", "La Bayadère" e "Zoraya". Também vieram "Cinderella", uma versão completa de "O Lago dos Cisnes", "Raymonda" e "Harlequinade", entre outros. "A Bela Adormecida" permanece como o ponto mais alto da união de Tchaikovsky e Petipa; é o apogeu do Ballet Clássico Russo.

domingo, 4 de março de 2012

Sapateado Irlandês - na In' Cena cia de Dança






ORIGEM DO SAPATEADO IRLANDÊS:
Os primeiros passos do sapateado surgiram na Irlanda, no século v. para se proteger do frio, os camponeses usavam sapatos
de solados de madeira que ajudavam a aquecer os pés. A distração deles era “brincar com os ritmos” que os soldados faziam
no chão. Com a revolução industrial, o sapateado ganhou novos adeptos. Os operários usavam os sapatos de madeira para se protegerem do chão muito quente das fábricas. Durante os intervalso de trabalho, brincavam com os pés, criando sons
diversos.
O Sapateado Irlandês sofreu diversas influências culturais de vários povos provenientes das imigrações ou das invasões.
Sofreu influências dos Celtas, normandos e Ingleses entre outros. Existe uma variedade de passos e de danças. As danças
em meados do século XVIII eram acompanhadas pelos sons das gaitas de fole e da Harpa.
Anteriormente o estilo do Sapateado Irlandês dava ênfase a uma forma fechada, pernas mantidas próximas, sem chutes largos com pequenas voltas ou sem voltas, e obviamente sem deslocamento. O “Erich Jig” (Gingado Irlandês) exigia, então, de seus bailarinos um rápido e complexo trabalho dos pés, com os braços próximos ao tronco. Este estilo preferido para competições
de Step-Dancing mudou em meados dos anos 50 e 60, quando foram acrescentados os “traveling steps”, circular “lead-in’s”, “sevens-and-threes”, imprimindo característica de um estilo moderno de step-dance.
Hoje existem muitas organizações promovendo a dança Irlandesa, parte importante da cultura rural dos Irlandeses. Crianças, adolescentes e adultos competem em eventos de dança que podem ser entre grupos ou individuais.
O grande sucesso mundial do espetáculo Riverdance é mais recentemente Lord Of the Dance colocou a dança Irlandesa No cenário internacional. Escolas de dança na Irlanda hoje estão cheias de estudantes querendo imitar e aprender os estilos de
dança de Jean Butler e Michael Flatley que alcançaram sucesso internacional, cabe salientar que tais performances apresentam somente uma das formas da dança Irlandesa.
Atualmente existem várias oportunidades de assistir e apreciar a dança Irlandesa.
No Brasil como no restante do mundo vem crescendo o interesse pelo Sapateado.


Venham fazer uma aula experimental conosco, e seja conquistado por essa dança tão linda....




domingo, 26 de fevereiro de 2012

A Dança e a Espiritualidade


A dança é, assim como todas as manifestações artísticas, algo que parte do espírito, isto é, do íntimo de seu ser. 

Pode-se ensinar alguém a dançar, mas jamais poderá ser dado o dom da dança a qualquer que aprenda alguns passos. 

O que há de mais interessante em tudo isso é o aspecto místico que existe nesta arte tão bonita que transcende as culturas e gerações. 

É muito comum sentir-se leve ao dançar, assim como entusiasmo e alegria. Algumas pessoas podem ter dificuldades ao ensaiar e ainda assim, se superam no momento do espetáculo. 

Diante desta e de outras evidências, qualquer pessoa que se dedique ao estudo da espiritualidade, chegará à conclusão de que a dança é a capacidade de fundir os seres de dois mundos em um só lugar. 

Enquanto os movimentos corporais transmitem vibrações físicas, estas são acompanhadas das vibrações espirituais dos bailarinos do astral. 

O mundo dos espíritos também é repleto de arte; inclusive a dança. À dança de boa qualidade, podemos atribuir tal inspiração, ao plano superior. O contrário disto também ocorre nas danças de péssimo gosto. Estas também tiveram a influência de espíritos, porém, do astral inferior. 

Por isso que precisamos nos entregar às boas vibrações do universo, a fim de permitir que nosso espírito nos leve de encontro às danças que nos fazem vibrar sentimentos de alegria e contentamento. 

Muitas vezes, o efeito de um passe espiritual não se compara a reenergização que passa uma dançarina. 

Logicamente, respeitando a individualidade de cada ser, para alguns, a dança é o melhor remédio. 

A cada dia que passa, mais pessoas adentram aos consultórios, em busca de uma terapia para combater a depressão. Obviamente, deve-se respeitar cada caso. Mas a grande dificuldade deste nosso início de década é encontrar a autoestima para buscar sua alegria de viver. Considerando as devidas proporções, algumas horas de dança, em certos casos, equivalem a uma longa terapia. 

Não é só um conjunto de movimentos, a dança une corpo, mente e espírito, fazendo com que a pessoa se entregue por inteiro à tarefa em curso. 

As forças que se movem, fazem desta arte uma verdadeira magia. Algo muito comum é encontrar dançarinos que aparentam possuir idade muito menor do que de fato. Isso ocorre devido à magia da dança possuir um grande potencial reciclador de energias. 

O artista transmite suas vibrações e a platéia às devolve potencializadas. 

Assim sendo, recomendo a todos aqueles que desejam reencontrar a alegria de viver, que aceitam um convite para a dança e permitam-se contagiar nesta magia; a dádiva de se entregar por inteiro à felicidade. 



segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

Fondu, Fondue

Fondu, Fondue - Descida, derretido. Um termo utilizado para descrever a baixa do nível do corpo através da dobradura dos joelhos da perna de base. Saint- Léon escreveu "Fondu é em uma perna enquanto plié é em duas". Em alguns instantes o termo fondu também é utilizado para descrever a finalização de um passo quando a perna que está trabalhando vai ao chão em um movimento suave.