domingo, 25 de março de 2012

Método Bournonville Ballet

Método Bournonville  Ballet

Muitos bailarinos são treinados cada um em método específico de ballet. Estes métodos de treinamentos têm uma grande história por trás de tudo. Estes métodos foram preservados através de obras coreográficas e escolas de formação. Métodos de treinamentos de bailarinos constroem uma certa técnica de ballet. Um “método” de ballet não deve ser confundido com um “estilo” de ballet.
Um método reflete no currículo de formação técnica e considerando que o “estilo” reflete uma tendência da época, conceitos e imagens. As escolas mais antigas e famosas do balé defendem alguns métodos religiosamente estudados pelos bailarinos, e refletindo suas sutilezas e técnicas divergentes. A companhia de dança invoca o método escolhido para assegurar que todos os bailarinos tenham a mesma formação (assim as obras coreográficas ficarão limpas e precisas).
La Sylphide
La Sylphide

Método Bournonville Ballet
O método Bournonville de dançar ballet não é apenas um método de treinamento e técnica, mas uma escola coreográfica desenvolvida por August Bournonville (1805 – 1879). August foi o coreógrafo do Ballet Real da Dinamarca, uma companhia de ballet que continua a usar suas coreografias e métodos de ensino até hoje. Este método concentra-se especificamente sobre o estilo romântico desde que nasceu na era romântica do ballet. August Bournonville não só preferiu um tom mais romântico para sua coreografia, como preferiu contar histórias de amor em suas criações. Bournonville sabia muito sobre teatro musical, então ele incorporou uma rica variedade de expressão em suas obras.
Bournonville disse que “a dança deveria ser uma expressão de alegria”. Este método apresenta o movimento aparentemente fácil, mas é muito difícil tecnicamente. No método Bournonville a bailarina transpira fluidez, uniformidade e musicalidade. A técnica é requintada, com detalhes delicados. Não é só expressiva e romântica, mas toca o coração com a pantomima dramática.
A técnica Bournonville começa na forma e na maciez dos braços. Este método tem distintivo e específico enquadramento do tronco levantado. As pernas devem definir o ritmo musical, enquanto os braços definem a melodia, esta combinação exala musicalidade. A técnica Bournonville também depende muito dos epaulements, e muitos movimentos começam e terminam na quinta posição. No método Bournonville piruetas são executadas com um baixo developé. Muitas poses são reconhecíveis como Bournonville, incluindo tendu derriére ter um braço na quinta posição e o outro para baixo ao lado (com um toque de épaulement é claro).
Os ballets Bournonville mostram papéis tecnicamente desafiadores, mas normalmente na reversão do que estamos acostumados o método Bournonville estabelece a importância do personagem masculino enquanto que outros métodos são mais centrados no feminino. Este método de ballet é um estilo tão honesto e revelador que os movimentos usados são puros e precisos. A coreografia faz uma harmonia ao contar uma história. Alguns dos balésBournonville foram La SylphideNapoli e Flower Festival in Genzano

domingo, 18 de março de 2012

A importância de Diaghilev para a Dança

Ballets Russes ou Balé russo foi uma companhia de ballet emigrada da Rússia, com sede em Paris, cuja atividade manteve-se de 1909 a 1929.Esta grande companhia influenciou todas as formas do balé contemporâneo, e seus vinte anos de existência mereceram, certamente, entrar para a história da dança com o nome de Época de Diaghilev.
A denominação Época de Diaghilev define o período compreendido entre 1909 e 1929 quando o russo Serguei Diaghilev (1872-1929) fundou e esteve à frente de uma das maiores companhias de balé do mundo. Segundo Serge Lifar, último discípulo de Diaghilev, “Os Ballets Russos foram, durante vinte anos, o centro receptor e emissor da vida do balé no mundo inteiro.”
Ballets Russes começou em 1909 como um teatro de verão do Ballet e ópera russos para se transformar em uma companhia de balé permanente em 1911Serguei Diaghilev, apesar de nunca ter sido bailarino profissional, conseguiu convencer os melhores coreógrafosdançarinos e designers da sua época. Ele contratou, entre outros, o compositor russo Igor Stravinsky, o artista espanhol Pablo Picasso, o artista francês Henri Matisse e o poeta e cineasta francês Jean Cocteau. Entre os dançarinos, contou com Anna PavlovaTamara KarsavinaGeorge Balanchine eVaslav Nijinski.
Assim, com colaboradores que compunham o melhor da época em suas respectivas atividades, a companhia Ballets Russes redefiniu a noção de balé durante seus 20 anos de atividade.
A sua trajetória pelo cenário mundial está dividida em três etapas: a) Nacional-russa (1909-1912) – desenvolvendo o balé clássico; b) Pan-européia (1912-1921) – voltado para pesquisas modernas; c) Moderno-internacional (1921-1929) – seguindo novamente as diretrizes do balé clássico, sob a orientação de Serguei Diaghilev.
Na etapa Nacional-russa, Diaghilev revelou ao mundo a arte genuinamente russa e seus grandes intérpretes e quis também, fazer do balé uma pintura em movimento. O coreógrafo da Companhia era Michel Fokine, bailarino de talento que entregou-se de corpo e alma a nova tendência: subordinar a dança a pintura, fazendo com que a criação dos passos e da própria coreografia fossem inspirados pelas imagens dos trajes e cenários. Nesta etapa, os pintores não se contentavam em criar uma fantasia para os olhos, tomavam parte ativa na realização do espetáculo. Na etapa Pan-européia, Diaghilev lançou-se à árdua tarefa de transformar o balé russo num balé europeu. Nesta etapa, já não havia preponderância russa nos balés, o cenário transformou-se para acolher igualmente os balés franceses, espanhóis, italianos, russos, etc. O coreógrafo era Massine e a música passou a reinar em absoluto, sob a regência de Strawinsky. Massine fazia a sincronização entre música e coreografia, adaptando a técnica dançante em todas as suas minúcias à da sinfonia musical. A etapa Moderno-internacional, caracterizou-se por ser o período das pesquisas artísticas, de tendência modernista universal. Os coreógrafos foram: Bronislava Nijinska, George Balanchine, de novo Massine e, por fim, Serge Lifar. Quando Serge Lifar converteu-se em coreógrafo, Diaghilev sonhava com novas terras para os Ballets Russes. Porém morreu um ano depois. Os Ballets Russes desapareceram com ele, deixando ao mundo da dança uma rica herança, porém desigual, e problemas que uma só geração não bastaria para resolver.
Quando a companhia de Diaghilev desfez-se com sua morte, em agosto de 1930, os Ballets Russes se dispersaram. Seus bailarinos e coreógrafos ingressaram em companhias de todas as partes do mundo ou criaram as suas próprias companhias e, para onde quer que migrassem, marcavam sua passagem com influência decisiva na história da dança.
Durante o tempo em que a companhia de Diaghilev atuou, grandes coreógrafos marcaram suas presenças em pesquisas e descobertas, em busca “não apenas de passos novos, mas de um novo espírito” , traçando assim novos caminhos no mundo da dança, a exemplo de: Michel FokineVaslav NijinskyLéonide MassineBronislava NijinskaGeorge Balanchine e Serge Lifar, responsáveis pela formação dos futuros coreógrafos e bailarinos.
Um dos responsáveis pela disseminação dos estudos e pesquisas dos Balés Russos foi René Blum, diretor artístico do teatro de Monte-Carlo, que assumiu a direção de um grupo de bailarinos remanescente de Diaghilev. Ao mesmo tempo, o Coronel de Basil forma em Paris companhia rival. Em 1932, os dois grupos se unem e criam os Ballets Russes de Monte Carlo. Aos membros do balé de Diaghilev juntaram-se alguns elementos novos, como Tamara Toumanova, Irina Baronova e Tatiana Riabochinska. Em 1933 a companhia fez uma tounée triunfal pelos EUA, mas em 1935 cindiu-se. Com o nome de Ballets Russes du Colonel de Basil, um dos ramos partiu para a Austrália e, depois, para as Américas, do Norte e do Sul, onde se deixou ficar durante a guerra, assumindo sucessivamente os nomes de Educational Ballet e Original Ballet Russe. Em 1947 fez uma temporada de despedida no Palais de Chaillot, em Paris. O ramo que ficara em Monte Carlo permaneceu sob a direção de René Blum até a invasão alemã (1940). Com os remanescentes da companhia, Marcel Sablon constituiu, ainda na ocupação, os Nouveaux Ballets de Monte-Carlo, absorvidos (1944) pela Ballet International, do Marquês de Cuevas, companhia particular sediada em New York. Surgiu, assim, o International Ballet of the Marquis of Cuevas, que fez inúmeras tournées internacionais e contribuiu para o repertório do gênero com várias obras.
Os Ballets Russes também exerceram grande influência na Alemanha, que antes não tinham tradições coreográficas, incentivando a criação de “studios” de dança, com Rudolf Von Laban, Mary Wigman, Kurt Joos, entre outros.
É importante frisar a particular influência dos Ballets Russes na França e nos Estados Unidos. Na França, com a renovação e enriquecimento do balé francês, que se achava em decadência e do ingresso de Serge Lifar na “Grand Opéra” e nos Estados Unidos, com a criação da School of American Ballet Theatre e do New York City Ballet, ambos por Balanchine. Outros mestres russos, radicados em Paris, tiveram também importante papel: Preobrajenska, Kchessinska, Egorova, Trefilova, Legat e Novikolf . Uma das estrelas do Coronel de Basil, no setor da dança moderna, foi Nina Verchinina, que em fins da década de 1970 lecionava no Brasil.
 

 

domingo, 11 de março de 2012

Grandes Coreógrafos - Marius Petipa

Assim como a cidade de São Petesburgo , o ballet russo foi intensamente influenciado por estrangeiros. 
Em sessenta anos de trabalho na São Petersburgo imperial do século XIX, o bailarino e coreógrafo francês Petipa tornou-se uma figura legendária do balé clássico russo.
Marius Petipa nasceu em Marselha em 11 de março de 1819. Seu pai, professor de grande reputação em Bruxelas, ministrou aos filhos Marius e Lucien as primeiras lições de dança. Já reconhecido na França, Bélgica, Espanha e Estados Unidos, Petipa apresentou-se pela primeira vez no Teatro Mariinski de São Petersburgo em 1847, após o diretor do Teatro Maryinsky oferecer a posição de primeiro bailarino e um salário de 10,000 francos por ano. Onze anos depois estreou ali seu primeiro balé original," Un marriage sous la régence" (Um casamento sob a regência). O sucesso viria em 1862, com "La Fille du pharaon" (A filha do faraó).
Ele permaneceu ali pelo resto da vida. Trabalhou sob supervisão de Jules Perrot por 15 anos. Petipa revestiu a arte que havia estagnado nas demonstrações virtuosas da técnica clássica apresentada sem um conteúdo dramático. Sob sua direção artística, a Rússia se transformou no país-líder do ballet. Ele mesmo coreografou aproximadamente 60 peças e construiu o repertório da compania Russa.
Como coreógrafo, Petipa deu muito de sua atenção às passagens de solistas, marcando cada passo para suavizar as capacidades de seus bailarnos e conscientemente esculpindo os bailarinos à forma estrutural da música. Trabalhando com colaboradores de primeira classe como Tchaikovsky, Petipa foi mais que capaz de coreografar obras-primas que são executadas até hoje. Ele acreditava em dançar por amor à essa arte.
Como instrutor da Escola Imperial, Petipa aumentou os estandartes para a técnica da dança e coreografias na Rússia à novas alturas. Ele atingiu o grau de coreógrafo em 1890. Sua produção de "A Bela Adormecida" foi um sucesso estrondoso, seguido de grandes trabalhos como "Dom Quixote", "La Bayadère" e "Zoraya". Também vieram "Cinderella", uma versão completa de "O Lago dos Cisnes", "Raymonda" e "Harlequinade", entre outros. "A Bela Adormecida" permanece como o ponto mais alto da união de Tchaikovsky e Petipa; é o apogeu do Ballet Clássico Russo.

domingo, 4 de março de 2012

Sapateado Irlandês - na In' Cena cia de Dança






ORIGEM DO SAPATEADO IRLANDÊS:
Os primeiros passos do sapateado surgiram na Irlanda, no século v. para se proteger do frio, os camponeses usavam sapatos
de solados de madeira que ajudavam a aquecer os pés. A distração deles era “brincar com os ritmos” que os soldados faziam
no chão. Com a revolução industrial, o sapateado ganhou novos adeptos. Os operários usavam os sapatos de madeira para se protegerem do chão muito quente das fábricas. Durante os intervalso de trabalho, brincavam com os pés, criando sons
diversos.
O Sapateado Irlandês sofreu diversas influências culturais de vários povos provenientes das imigrações ou das invasões.
Sofreu influências dos Celtas, normandos e Ingleses entre outros. Existe uma variedade de passos e de danças. As danças
em meados do século XVIII eram acompanhadas pelos sons das gaitas de fole e da Harpa.
Anteriormente o estilo do Sapateado Irlandês dava ênfase a uma forma fechada, pernas mantidas próximas, sem chutes largos com pequenas voltas ou sem voltas, e obviamente sem deslocamento. O “Erich Jig” (Gingado Irlandês) exigia, então, de seus bailarinos um rápido e complexo trabalho dos pés, com os braços próximos ao tronco. Este estilo preferido para competições
de Step-Dancing mudou em meados dos anos 50 e 60, quando foram acrescentados os “traveling steps”, circular “lead-in’s”, “sevens-and-threes”, imprimindo característica de um estilo moderno de step-dance.
Hoje existem muitas organizações promovendo a dança Irlandesa, parte importante da cultura rural dos Irlandeses. Crianças, adolescentes e adultos competem em eventos de dança que podem ser entre grupos ou individuais.
O grande sucesso mundial do espetáculo Riverdance é mais recentemente Lord Of the Dance colocou a dança Irlandesa No cenário internacional. Escolas de dança na Irlanda hoje estão cheias de estudantes querendo imitar e aprender os estilos de
dança de Jean Butler e Michael Flatley que alcançaram sucesso internacional, cabe salientar que tais performances apresentam somente uma das formas da dança Irlandesa.
Atualmente existem várias oportunidades de assistir e apreciar a dança Irlandesa.
No Brasil como no restante do mundo vem crescendo o interesse pelo Sapateado.


Venham fazer uma aula experimental conosco, e seja conquistado por essa dança tão linda....