domingo, 7 de agosto de 2011

O amor à dança em forma de poesia


É uma felicidade muito grande compartilhar de mais um post feito com muito carinho para todos nós, afinal quem dança faz arte e todos nós somos artistas nesse palco da vida onde somos atores principais  em meio à loucura do dia a dia.
Tem gente que ama dançar, tem gente que ama dançando, transformando o mundo interior em poesia exterior. Movimentos meditativos, formas de demonstrar amor. Tem gente que aspira o Amor e ama dançando.
Dançar, forma de arte; dançar é amar, sabendo amar, busca-se amar plenamente, porque amor é dança do espírito integrado à dualidade corpo-mente, eternizando o movimento que irá durar o exato momento de uma poesia que vem da junção corpo-espírito.

Louvemos a dança. Tudo é sublime quando se ama de verdade.
Amamos aqueles que nos amam, que já amaram e que um dia, tenho certeza, vão amar!!!!

Mas ao mesmo tempo que amo, que danço e que vivo, vale a pena citar o nome do autor de tudo Deus Todo-Poderoso, pois Ele é o maior artista dos séculos e séculos, amém.

In´Cena cia de Dança

quinta-feira, 4 de agosto de 2011

Giselle

Carlotta Grisi


Giselle, dançado ao som de músicas familiares pelo ballet francês e compositor de ópera Adolphe Adam, é ballet da Era Romântica primeiro dançado em Paris in 1840. É um dos poucos balés dessa tradição que ainda apresentado nos palcos, dançado em tutu romantico (saias de bailarina na altura da panturilha). No primeiro ato, a aldeã Giselle está apaixonada por Albrecht, um nobre disfarçado de camponês. Quando Giselle descobre a fraude, ela fica inconsolável e morre. No segundo ato, o amor eterno de Giselle por Albrecht, que vem a noite visitar seu túmulo, o salva de ter seu espírito vital tomado pelos willis espectrais, os fantasmas vampíricos de garotas noivas que morreram antes do dia do seu casamento, e sua rainha. Sempre que um homem se aproxima, elas obrigam-no a dançar até a morte. Giselle dança no lugar de Albrecht e, dessa forma, impede que ele chegue à exaustão, quebrando o encanto das willis. No final, ela o perdoa.
O poeta romântico Théophile Gautier é o autor do roteiro desse balé.
A versão que vemos hoje não é muito semelhante à original, onde a mais famosa dançarina da época, Fanny Essler tinha cena louca lírica no final do primeiro ato. A morte de Giselle no primeiro ato foi adaptado por um ataque do coração, pois em sua primeira apresentação, Giselle se suicidava com uma espada. Essa primeira versão causou choque na época, por essa razão foi feita a mudança. Giselle saiu do repertório europeu até que foi revivido por Sergei Diaghilev in 1910, uma surpreente mudança de ritmo para o ballet russo de vanguarda. O papel de Giselle é um dos mais procurados no balé, já que exige tanto perfeição técnica quanto excelente graça e lirismo. Várias das mais habilidosas dançarinas representaram esse papel incluindo  Carlotta Grisi (para quem  Théophile Gautier criou o papel), Anna Pavlova, Natalia Markarova, Alessandra Ferri e muitas outras.
Alessandra Ferri





terça-feira, 2 de agosto de 2011

Bailarino, cuide do seu corpo....

Um bailarino precisa saber como lidar com seu instrumento de trabalho, o corpo.
Se não souber, pode enfrentar sérias complicações.
* Para evitar aquelas dores chatas nos músculos depois da aula, sempre se aqueça o máximo possível
antes desta. Mas atenção! Não pense em alongar-se bastante! Nunca extrapole seus limites,
pois a aula ainda vai começar, ou seja, você tem muito o que se alongar ainda...
Senão, isso poderá resultar em muita dor de cabeça (e de músculos) depois.
* Após as aulas, se você sentir dores na parte em que se alongou bastante,
como coxa, virilha, panturrilha, compressas de gelo vão bem.
* Se você for tomar banho após a aula, procure tomar banhos quentes, pois seu corpo
ainda está morno pelo exercício, e banhos frios podem resultar em choques térmicos.
* Após exercícios de alongamento, relaxe os músculos, massageando-os ou chutando as pernas para a frente.
Assim o músculo não fica muito "tenso", e nem fica aquela "coisa dura" quando você anda.
* Em casa, se você ainda sente dor em alguma parte de seu corpo, passe pomadas que aliviam a dor, como CATAFLAN EMUGEL®, CALMINEX® e GELOL® . Elas promovem resultados rápidos.
* Atenção! Se nenhum desses itens ajudar para melhorar alguma dor que você esteja sentindo, procure um médico imediatamente. Pode ser um problema sério, como bursite, distensão, contratura etc.

Cãibra
A cãibra é uma retração involuntária e dolorosa do tecido muscular, que pode comprometer desde uma
pequena parte de um músculo até um grupo muscular inteiro. Pode durar alguns segundos ou minutos.
Causas: a causa mais comum da cãibra nos bailarinos é a fadiga muscular, mas também pode ter
outras origens como o frio e a falta de potássio no organismo, que também é apontada como agente importante.
Tratamento: O alongamento do músculo ou músculos comprometidos.
Fontes de Potássio: água de coco, fígado, laranja, banana, feijão, carne.
 
Distensão muscular
É a ruptura espontânea de várias fibras musculares causada por esforço, com dor súbita e forte durante o
movimento e que, às vezes, impossibilita que o músculo afetado se movimente. A dor desaparece com o repouso,
mas reaparece com o movimento. Às vezes, pode caracterizar-se pela presença de manchas vermelhas
ou escuras sobre o local comprometido, devido ao sangue liberado pelos vasos sangüíneos na ruptura muscular.
Causas: passos ou exercícios de difícil execução, bruscos ou pesados, feitos sem o devido aquecimento prévio,
são a principal causa da distensão. Os músculos mais freqüentemente afetados são os internos da
coxa e os da panturrilha.
Tratamento: primeiramente, parar com a atividade física imediatamente. Depois, procurar um médico ou fisioterapeuta.
Você pode até aplicar gelo ao redor ou sobre a parte afetada durante 20 ou 30 minutos, fazendo uma
leve compressão e com intervalos de pelos menos uma hora (isso enquanto houver aumento de volume no local,
o que acontece nas primeiras 48 a 72 horas). Após o terceiro dia, deve-se aplicar calor úmido em torno ou
sobre a parte lesada. Isso estimulará a circulação, o que eliminará os produtos nocivos do metabolismo celular,
acelerando o processo de cicatrização. Após o terceiro dia, também pode ser usado o contraste calor-frio, ou seja,
5 minutos de calor para 4 minutos de gelo. Esse tempo vai sendo reduzido gradativamente até um minuto de calor.
Após o desaparecimento da dor aguda, o retorno do bailarino à atividade deve ser feito com aplicação de calor local
durante 10 a 15 minutos antes da aula e aplicação de compressas de gelo também durante 10 a 15 minutos depois da aula. Isso evitará que o edema se instale. Exercícios de alongamento e fortalecimento muscular
devem ser feitos a fim de que a musculatura atrofiada pelo desuso seja novamente preparada para o retorno às atividades normais. Se durante a atividade o local lesado se mostrar mais doloroso do que antes de iniciá-la,
pare, aplique gelo e procure o seu médico ou fisioterapeuta.

Entorse

Ocorre quando o limite fisiológico de uma articulação é ultrapassado. Pode estar acompanhado de distensão,
ruptura total ou parcial dos ligamentos, ou casos mais graves do arrancamento da inserção do ligamento.
Causas: Como a maioria dos entorses na dança acontece nos joelhos e tornozelos, quase sempre as
causas são o piso inadequado que prende os pés enquanto o corpo continua no movimento ou a torção dos
tornozelos em exercícios na ponta ou na meia ponta.
Tratamento: Aplicar gelo sobre a articulação afetada durante 20 a 30 minutos, elevar o ponto
comprometido (se possível, acima do nível do peito) e encaminhar imediatamente ao médico.
Tendinite

Um pequeno esclarecimento: as mãos, os pés, o pescoço e todas as partes que se dobram, ou seja, praticamente
o corpo inteiro está repleto de tendões. Mas, afinal, o que é a tendinite? As palavras terminadas com o sufixo 'ite'
indicam um processo inflamatório. Tendinite é, assim, a inflamação que acontece nos tendões.
Essa inflamação pode ter duas causas.
A primeira são esforços prolongados e repetitivos, além de sobrecarga. Essa primeira causa é bem freqüente nas tendinites do ballet...
A segunda causa é a desidratação: quando os músculos e tendões não estão suficientemente drenados devido à
uma alimentação incorreta e toxinas no organismo, pode ocorrer uma tendinite. A tendinite se manifesta inicialmente
com dores e muitas vezes com a incapacidade da pessoa em realizar certos movimentos. A pessoa pode sentir dores
ao subir ou descer escadas, caminhar, dobrar os joelhos, entre outras posturas ou movimentos. Inicialmente, a
tendinite pode ser confundida com artrite reumatóide. Portanto, há a necessidade de um bom médico para diagnosticar corretamente o problema. Dependendo da natureza e do grau de severidade da lesão, as formas de tratamento vão
desde a indicação de antiinflamatórios até a imobilização do membro afetado (por exemplo, tala ou engessamento).
Em primeiro lugar, porém, é preciso repouso. Após um certo período, a pessoa é aconselhada a fazer fisioterapia,
para acelerar o processo de cura. Uma das técnicas indicadas para a tendinite é a crioterapia, aplicação de
bandagens a temperaturas muito baixas ou bolsas de gelo. Massagens também são indicadas como auxiliares
no tratamento. A aplicação local de corticóides é apenas indicada dos casos mais graves.
No caso de tendinite de origem química, os médicos indicam uma dieta alimentar especial, para prevenir a
desidratação que pode resultar na pouca ou nenhuma lubrificação dos tendões e conseqüente no agravamento da
doença. Essa dieta exige a retirada de alimentos ácidos e graxos, incluindo-se a manteiga e o chocolate e as frutas ácidas. Se a tendinite não for tratada em tempo ou da maneira adequada, ou mesmo se a fisioterapia não for feita
durante o período necessário, pode haver seqüelas. A pessoa não tratada pode sofrer uma ruptura do tendão após um
período de inflamação mal cuidado. Pode continuar com as dores e se tornar incapaz para o trabalho.
Por isso, é importante seguir todos os passos indicados pelo médico para um pronto restabelecimento.
Para prevenir a tendinite, não se deve expor-se a grandes períodos ininterruptos de exercício.
Uma parada, uma pausa por alguns minutos pode significar um ganho em termos de continuidade em médio e longo prazo. Outra coisa para prevenir a tendinite é ter uma alimentação balanceada, evitando a tendinite química.
Por último, vale lembrar que os casos mal curados podem acabar necessitando de cirurgia.
Vale a pena, portanto, se preocupar com a prevenção, onde os gastos e o desgaste emocional são muito menores.
 
Estiramento muscular
É o alongamento voluntário ou involuntário de um músculo além do seu limite natural. É caracterizado por dor
muscular no local do estiramento no momento em que há o esforço, e desaparece quando se volta ao repouso.
A dor dura em média de 2 a 10 dias, dependendo do caso, e pode desaparecer até mesmo sem tratamento se o
músculo afetado for poupado.
Causas: um movimento descuidado, ou para o qual o músculo
afetado não esteja aquecido ou preparado para executar.
Tratamento: repouso da parte afetada e compressa de gelo.

Retração muscular
É o encurtamento do tecido muscular, restringindo a mobilidade e flexibilidade normais desse músculo.
Causas: o uso da musculatura sem trabalho de alongamento da mesma após o término da atividade física.
Tratamento: exercícios de alongamento antes e após a aula de ballet.

Síndrome Patelo-femoral
É uma condição degenerativa que resulta no amolecimento da superfície articular da rótula. De causa desconhecida,
aparece principalmente nas mulheres jovens e suas conseqüências podem perdurar até a vida adulta.
Caracteriza-se principalmente por dor nas flexões demoradas e nas extensões, quando a estrutura articular amolecida
pode se precipitar dentro da articulação, gerando ruídos durante o movimento, limitando a articulação do joelho
e provocando o aparecimento de sinais gerais de inflamação. Qualquer aluno ou profissional de dança que apresente
tais sintomas deve ser encaminhado ao ortopedista, pois a síndrome patelo-femoral ou condromalácia pode evoluir
para a sub-luxação patelar e até para a artrose, e ser responsável pelo afastamento definitivo da vida profissional se
não for adequadamente tratado.

Unhas encravadas: o que fazer?
Tem muita gente que sempre ouve falar de unhas encravadas, mas nem sabem o que são. E muita gente que pode
até sofrer com elas e mesmo assim não sabe o que é. A unha está encravada quando parte dela empurra o canto do
dedo do pé. Este dedo torna-se sensível ao tato, vermelho e inchado. Coloque o pé de molho durante 20 minutos
duas vezes ao dia em água morna com um pouco de sabão bactericida. Enquanto o pé estiver de molho faça uma
massagem sobre a parte inflamada da cutícula. Outro cuidado a ser tomado: use uma pomada antibiótica, aplicando-a
cinco ou seis vezes ao dia. Corte o canto da unha. A dor é causada pela fricção da unha contra a cutícula exposta.
Você pode ir em um médico pedólogo que se encarregará de cortar este canto. Será preciso fazer isso apenas uma
vez para facilitar o crescimento da unha sobre a cutícula, ao invés de crescer enterrada nela.
Tente não usar sapatos fechados, calçando sandálias ou mesmo ficando descalço o máximo possível para evitar a
pressão sobre a unha. Quando não tiver jeito, proteja a unha encravada da seguinte maneira:
- Se o lado interno estiver machucado, coloque uma esponjinha (ou gaze, ou algodão)
presa com fita adesiva entre os dedos a fim de evitar que fiquem se tocando.
- Se o lado machucado for o externo (isso só acontece no caso da unha encravada ser a do dedão ou a do mindinho), coloque uma esponjinha (ou gaze, ou algodão) com fita adesiva na parte externa do dedão para evitar que a unha fique tocando a parede do sapato.
Essas medidas também podem ser tomadas durante a aula de ballet. Para prevenir essas indesejáveis, corte MUITO
BEM as unhas, deixando-as retas e evitando os cantos.Procure ajuda médica imediatamente se observar estrias
avermelhadas que se estendem além do dedo, se o pus ou a secreção amarelada não sair em 48 horas de tratamento,
se a cutícula não sarar completamente após 2 semanas ou se tiver outras perguntas e preocupações.

Bolhas
As bolhas ocorrem quando a pele é friccionada para frente e para trás de encontro ao interior da sapatilha.
A maioria das bolhas causadas pelo trabalho de ponta estoura e há às vezes sangramento. Uma vez que a pele crua
é exposta, a dor de dançar com uma bolha aberta é enorme. É melhor parar de dançar e tender à bolha do que
arriscar-se à piora e à infecção da área. Se algum pedaço de pele morta remanescer na bolha aberta, corte-o fora
com tesoura esterilizada. Cubra a bolha com Merthiolate ou água oxigenada. Exponha a bolha ao ar fresco sempre que
possível. Se você tiver que dançar em sapatilhas de ponta outra vez antes de que a bolha esteja curada,
faça o seguinte: corte um pedaço de uma borrachinha ou um plástico (para isolar a área ao redor da bolha)
e faça um furo no meio deste - um pouco maior do que o tamanho da bolha. Coloque-o em torno da bolha e fixe com
fita adesiva ou esparadrapo. Se necessário, use duas camadas da borrachinha. Dá também para usar gaze.
Se um dedo do pé começar a criar bolhas insistentemente, é aconselhável envolvê-lo com band-aid ou esparadrapo
antes de cada aula. Isto deve impedir que uma nova bolha se forme. 

Calos e endurecimento da pele

Sabe quando a pele fica um pouquinho dura e mais consistente? Isso ocorre geralmente nas juntas dos dedos do pé e
no tendão de Aquiles, onde o pé é mais intensamente friccionado pela sapatilha. A pele nestas áreas pode
avermelhar e amaciar imediatamente depois do trabalho de pontas, mas endurecer-se-á mais tarde. Não se preocupe
com esse endurecimento: ele é até mesmo benéfico para prevenir a formação de novas bolhas.
Já os calos são o resultado da pressão anormal das sapatilhas mal ajustadas e podem ser muito dolorosos.
Os calos duros, no alto dos dedos do pé, podem responder às medicações comerciais ou podem necessitar dos
cuidados de um médico. Os calos macios, que se formam entre os dedos do pé, podem ser tratados somente pela separação dos dedos com algodão ou gaze.

Joanete

Joanete é a inflamação da articulação do dedão do pé causada pela pressão imprópria nessa área.
Deve-se tomar cuidado em ver se as sapatilhas de ponta (e até os sapatos normais) são largas o bastante na parte
da caixa, onde estão as junções do metatarso, e se o pé está colocado corretamente na ponta (os dedos do pé
devem formar uma perpendicular com o assoalho). Para ajudar a aliviar a dor, um espaçador de dedos pode ser
colocado entre o dedão e o "indicador". Isto posiciona corretamente o dedão e impede-o que seja esmagado pelos
outros dedos em um ângulo. Um espaçador de dedos pode ser feito de uma tira de uma polegada (2,5 cm) de papel
toalha. Ela deve ser dobrada em um retângulo pequeno e prendida entre os dedos do pé com fita adesiva ou esparadrapo. 



Atenção Bailarinos, cuidem-se pois o corpo é nosso instrumento de trabalho

Fonte: Ballet Essencial, Flávio Sampaio


domingo, 31 de julho de 2011

Jazz Dance


No início, nas viagens dos navios negreiros da África para os Estados Unidos, os negros que não morriam de doenças eram obrigados a dançar para manterem a saúde.

As danças tradicionais dos senhores brancos eram as polcas, as valsas e as quadrilhas, e os negros os imitavam para ridicularizá-los, mas dançavam de acordo com a visão que tinham da cultura européia, e misturando um pouco com as danças que conheciam, utilizando instrumentos de sua cultura. Dessa forma, surgiu o jazz, que era uma mistura da imitação dos ritmos europeus com os costumes naturais dos negros.

Em 1740, os tambores foram proibidos no sul dos Estados Unidos para evitar insurreições (revoltas) dos negros. Assim, para executar suas danças, eles foram obrigados a improvisar com outras formas de som, como palmas, sapateados, e o banjo. Mais uma vez, a dança dos negros dava um salto, aproximando ainda mais com o jazz que conhecemos atualmente.

No início deste século, as danças afro-americanas começaram a entrar para os salões, e a sofrer novas influências: do can-can e do charleston, principalmente. Logo, essa dança que se pode até chamar de "mista", tomou conta dos palcos da Broadway, se transformando na conhecida comédia musical que, por sua vez, é o segundo nome dado à dança mais conhecida como jazz.

Modern Jazz Dance, Soul Jazz, Rock Jazz, Disco Jazz, Free Style e Jazz, são algumas das designações que hoje em dia vão sendo utilizadas para denominar os numerosos aspectos de que se reveste esta forma de expressão artística. No Brasil além destas designações, a generalização, tem sido freqüentemente exagerada a ponto de considerar determinadas formas de ginástica ou atividade física, englobadas no mesmo termo.

Jack Cole, é por alguns considerado o pai da dança Jazz, foi um dos primeiros a interagir fundamentos da Dança Moderna e sua técnica de isolamento das partes do corpo. Sua técnica viria a influenciar toda uma geração como Matt Mattox, entre outros.

O jazz tem certas características marcantes, incluindo a isolação, uma explosão de energia que se irradia dos quadris e um ritmo pulsante que dá o balanço certo e a qualidade do movimento. O comentário artístico e crítico, entretanto, geralmente acha o jazz uma dança de pouco valor coreográfico, por ser uma mistura de vários estilos pessoais derivados de um processo de improvisação, que organizados formam uma coreografia.

As diferentes técnicas do Jazz, tem demonstrado que muitos princípios foram herdados do Ballet Clássico e da Dança Moderna, e alguns professores tem divulgado e desenvolvido seus métodos de fundamentação técnica para a formação do bailarino cada vez mais ecléticos. Poucos sabem qual será o futuro e suas novas influências, mas o que se pode afirmar é que até hoje, o Jazz tem sido uma das formas mais importantes da expressão artística.


quinta-feira, 28 de julho de 2011

As cinco posições dos pés no Ballet Clássico

1° Posição

2º Posição


3º Posição



4 º Posição




5 º Posição


As cinco posições: Definidas pelo francês Pierre Beauchamps, elas descrevem o começo ou o fim obrigatório de todos os passos, além de estarem intermediando as demais marcações. São, como já citamos, cinco:

Na 1ª posição os pés devem estar en dehors (abertos) , calcanhares se encontrando (se você for iniciante, e não consegue juntar os calcanhares, pode afastá-los um pouco); a cava do pé deve estar para cima (borda externa do pé toda no chão). Os braços ficam abaixo da altura do seio à frente, arredondados.

Na 2ª posição os pés devem ficar mais distanciados e en dehors, calcanhares afastados um do outro; a cava do pé continua para cima e a base do pé firme ao chão. Os braços agora continuam arredondados, só que abertos para os lados. Eles não devem ultrapassar dos ombros. Cuidado! A mão segue a linha do braço. Não deixe a mão caída. Fica muito feio.

Na 3ª posição é menos utilizada que as outras, e menos conhecida também. Consiste em pés en dehors, calcanhar da perna de base "colado" atrás do calcanhar calcanhar da perna à frente. O braço da perna de trás deve estar arredondado e baixo ou à frente do tronco, enquanto o braço da perna da frente fica aberto como o braço da segunda posição, sem flexionar o corpo para o lado do mesmo, podendo este ser diferente.

A 4ª posição se assemelha à terceira, mas os pés encontram-se afastados, um mais à frente do outro. Os calcanhares tem que se encontrar em linha (como na foto), ou então, se você já consegue, a ponta do pé da perna de base faz linha com o calcanhar da perna à frente e vice-versa. A preocupação na quarta posição é para que o pé não fique "torto", então deve-se mantê-lo bem aberto (isso se deve à colocação da coxa bem en dehors), seguindo o princípio da cava do pé das outras posições. O braço da perna de trás deve ficar levantado e arredondado, ligeiramente mais à frente que a cabeça, enquanto o braço da perna da frente fica aberto para o lado da perna, arredondado.

A 5ª e última posição mostra-se como uma das mais difíceis juntamente com a quarta, pois deve-se manter os pés o mais aberto possível, e as coxas às vezes impedem isto. Nela, a ponta do pé de base fica exatamente atrás do calcanhar do pé da frente, com as coxas bem juntas uma a outra. Os dois braços devem erguer-se de forma arredondada igualada, mantendo-se sempre ligeiramente à frente da cabeça e as mãos a uma distância mais ou menos de 3 a 4 dedos.

A 6ª posição, ou pés paralelos, existe, mas não como uma posição. São executados em alguns exercícios, de alongamento principalmente. Os dois pés, como o nome diz, devem ficar juntos e paralelos, apontando para a frente. Aliás, se os pés paralelos fossem a 6ª posição, porque este conjunto se chamaria "Cinco Posições

terça-feira, 26 de julho de 2011

Ballet, quando começar?


Esta é uma pergunta muito frequente feita nas Escolas e Academias de Ballet,e suponho que seja muito feita também nas diversas academias pelo Brasil. Segue então, uma das mais claras explicações que já li. O trecho seguinte faz parte do livro : Ballet Arte, de Dalal Achcar.


"Sete anos é a idade mínima (a ideal é nove) para se iniciar o estudo sério de ballet. Quando a criança for excepcionalmente desenvolvida, aperentando, aos seis anos, ter sete ou mais, poderá, então, começar seus estudos de ballet. Antes disso só mesmo o que chamamos de iniciação musical, ou baby class, que é mais uma aula de ritmo, coordenação com palmas e danças de rodas. Até essa idade, o ballet acadêmico é contra-indicado em todos os sentidos (físico e mental), como sabem os bons professores que procuram explicar às mães ansiosas para verem as filhas dançando (principalmente nas pontas), as razões desse impedimento. Há vários exemplos de crianças talentosas que ficaram irrecuperáveis para a carreira de ballet, porque começaram (nas pontas) cedo demais. Nos casos de indicação médica de ballet antes dos sete anos (para correção de pés chatos , coluna vertebral, de defeitos causados pela paralisia infantil, ou para tratamento de asma) existem exercícios baseados no ballet que podem ser utilizados até que a criança atinja a idade para iniciar-se na dança. Quanto a "  dança"  nas pontas, é absolutamente proibida antes dos oito anos de idade e de dois, ao menos, de estudo de ballet."


Então, o ballet clássico é uma atividade que pode começar cedo (três anos de idade), mas os pais devem ter o cuidado ao procurar a Escola de Dança que ensinem corretamente, dando valor ao  fisico e a idade da criança, e respeitando os limites delas, para que no futuro, elas tenham um desenvolvimento apropriado para a dança.

domingo, 24 de julho de 2011

Marie Taglioni

Nasceu na Suécia, filha de Filippo Taglioni e da dançarina sueca Sophie Karsten em 1804.  Tornou-se famosíssima por seu desempenho, em 1832, no ballet La Sylphide, criado por seu pai e visto como um trabalho feito especialmente para que Marie exibisse suas habilidades. O furor foi causado especialmente porque Marie Taglioni dançou a peça inteira sobre as pontas, feito nunca visto até então (note que é consenso que outras bailarinas já haviam dançado nas pontas antes, mas nunca um ballet inteiro, sendo dito que ela refinou a técnica). Aliado ao trabalho de pontas, Marie Taglioni exibia um estilo completamente diferente, com saltos que davam a impressão de que a bailarina estava flutuando e poses em arabesque. Tudo isso junto às delicadas e longas camadas de tule de suas saias, lhe davam um ar extremante etéreo, simbolizando uma graciosidade que beirava o sobrenatural, o que fazia parte de uma estética idealizada por seu pai, Filippo e que deu início à Era Romântica do Ballet.
Para aqueles que querem se inspirar no sucesso de Taglioni saibam que ele não veio por acaso. Seu pai a submetia a um programa de aulas tão severo que a moça chegava a desfalecer durante elas. Esforço muito bem recompensado, já que Taglioni ganhou a Europa e se tornou a mais famosa bailarina durante a era do Ballet Romântico. Feito maior ainda se considerar que seu primeiro professor a rejeitou pensando que ela nunca aprenderia a dançar.

Sua estréia aconteceu em Viena com o ballet La Réception d’une jeune nymphe à la cour de Terpsichore, em 1822. Também dançou no Her Majesty’s Theatre Ballet em Londres e Théâtre de l’Académie Royale de la Musique, em Paris e até ao ar livre, pois, diz a lenda que certa noite sua carruagem foi interpelada na estrada e Marie foi obrigada a dançar sob a luz da lua.
Em 1837 foi para Rússia, precedida por uma brilhante reputação, onde trabalhou no Ballet Imperial, em São Petersburgo. A ansiedade em torno de sua dança era tão grande, que antes que ela chegasse ao seu destino, foi escrita uma biografia sobre ela e o teatro ficou incrivelmente lotado na noite de sua estréia. O sucesso foi tão grande que toda bailarina russa era comparada a ela e seu nome nunca saía das conversas e cartas dos cidadãos russos, assim como dos jornais. Marie Taglioni foi tão acolhida que todos se referiam a ela como “nossa Taglioni”. Durante essa época o romantismo estava em alta e o ballet La Sylphide, misto de ilusão e realidade atingiu em cheio a alma dos russos, que viam na expressão da arte de Marie a perfeita representação do espírito romântico, com seu choque entre o mundo dos sonhos e a dificuldade de sua materialização.
Durante sua estadia na Rússia, Marie Taglioni palnejou apresentar-se em Moscow, tendo de fato recebido convites pelo diretor dos Teatros Imperiais de Moscow, Mikhail Zagoskin, mas devido a insatisfações com não cumprimento de certas exigências que a bailarina fez, esta terminou por deixar a Rússia em 1942 sem nunca haver se apresentado na capital. Depois de sua última apresentação, seu par de sapatilhas foi vendido por 2000 rublos, e, diz-se, foi cozido e servido com molho, tendo sido degustado por um grupo de adoradores (balletomanos).
Cinco anos depois, Taglioni se aposentou e em 1860, participou com Lucian Petipa e Loius Mérante da I Competição Anual para Corps de Ballet (corpo de baile), assim como criou a coreografia do ballet La Papillon para sua pupila Emma Livry. Livry, no entanto, nunca dançou o ballet, pois morreu durante os ensaios quando sua saia pegou fogo (uma grande ironia, pois a história de Papillon trata de uma borboleta que morre incendiada). Durante a guerra franco-prussiana perdeu sua fortuna e foi obrigada a dar aula de dança para damas da sociedade e crianças. Em 1884, morreu em Marselha.
Durante o culto em torno dela, doces foram batizados com seu nome, Victor Hugo, escreveu um livro dedicado a ela, Victoria, rainha da Inglaterra a admirou, Johann Strauss II compôs uma polka em sua homenagem  e Jules Perrot criou o divertissement Pas de Quatre, para ela e outras 3 bailarinas mais famosas na época, Lucile Grahn, Carlotta Grisi e Fanny Cerrito (originalmente estaria Fanny Elssler, de quem Taglioni era rival na Opéra de Paris, mas essa declinou o convite e Grahn a substituiu).



Ballets dos quais participou:
La Réception d’une jeune nymphe à la cour de Terpsichore (1822, estréia), Danina (1826), Le Sicilien (1827), A Bela Adormecida (1829), La Sylphide (1832), Nathalie, La Laitière suisse (1832), La Révolte au sérail (1833), Brézilia (1835), La Fille du Danube (1836), Le Dieu et la bayadère (1830), Robert, le diable (1831), Miranda (1838), La Gitana (1838), L’Ombre (1839), L’Écumeur de mer (1840), Aglaë ou L’Élève d’amour (1841), Gerta, Rainha das Elfrides (1842). La Péri (1843), Pas de quatre (1845) e Le Jugement de Pâris (1846).